Compliance: entenda tudo sobre este conceito

A palavra “compliance” vem do verbo em inglês “to comply”, que significa agir de acordo com uma ordem, um conjunto de regras ou um pedido. No ambiente corporativo, compliance está relacionado à conformidade ou até mesmo à integridade corporativa. Ou seja, significa estar alinhado às regras da empresa, que devem ser observadas e cumpridas atentamente.

E aí, ficou interessado(a)? Então, leia o texto a seguir e saiba mais sobre este tema!

O que é compliance?

Como dito anteriormente, o termo “compliance” deriva da expressão em inglês “to comply“, que pode ser traduzido como “cumprir”. Nos negócios, ele se refere ao alinhamento às diversas normas existentes, como leis e regulamentos complementares. Logo, tem uma relação direta com o cumprimento das obrigações e o funcionamento dos processos internos. 

Além disso, colabora com a criação de um ambiente de trabalho saudável. Isso porque as leis trazem diversos pontos que buscam o bem-estar dos colaboradores. Um aspecto importante sobre o conceito é que ele tem um foco mais preventivo: em vez de pensar em soluções para resolver problemas, como multas e outras penalidades, visa evitar essas ocorrências. 

Com isso, o compliance consegue reduzir os riscos e os custos do negócio. Afinal, despesas em processos judiciais e multas, por exemplo, podem ser bastante elevadas, além de exigir gastos adicionais com honorários advocatícios e outros serviços. Portanto, o termo exerce o papel de otimizar a gestão e os resultados da companhia.

Principais vantagens da compliance para as empresas 

A prática de compliance visa trazer mais segurança para a empresa, todavia no Brasil essa atividade ainda não recebe a sua devida atenção, visto que muitas entidades grandes no cenário financeiro não se preocupam muito em se proteger, em função de já terem uma saúde financeira bem consolidada, imponência no mercado e um grande poder aquisitivo. 

Porém, essa realidade não se aplica às startups, micro e pequenas empresas, já que é nessas companhias que o compliance se faz extremamente necessário porque: 

• Garante maior segurança em relação ao cumprimento dos regimes internos da entidade; 

• Assegura em relação a todas as questões legais; 

• Minimiza as chances de ocorrer desvios de dinheiro ou qualquer outro meio de corrupção; 

• Possibilita uma maior tranquilidade nas negociações com outras companhias; 

• Maior transparência nos balanços contábeis da empresa; 

• Controle sobre o uso do capital. 

Em síntese, o compliance gera a segurança e tranquilidade que o microempresário necessita para conseguir desenvolver seu empreendimento, em meio ao cruel mercado financeiro.

Como aplicar a estratégia na sua empresa

Veja a seguir algumas dicas para aplicar essa estratégia em sua empresa.

Entenda as áreas de aplicação do compliance

O primeiro passo é entender as áreas em que o compliance é aplicado para fazer um diagnóstico dos setores que serão afetados na sua empresa e iniciar um planejamento para estruturação da estratégia. Ele pode envolver diversos temas, incluindo normas fiscais, trabalhistas, previdenciárias, contábeis, societárias, ambientais e éticas.

Tenha códigos de conduta e políticas de trabalho

É importante criar um código de ética e políticas de trabalho internas para a empresa. Ele deve trazer as orientações e parâmetros legais de atuação que devem ser observados por todos os colaboradores e líderes. Nesse caso, não é necessário se limitar às leis existentes, isto é, a empresa pode criar normas relacionadas aos seus valores e condutas para aprofundar o que diz a legislação. 

Ofereça canais internos para receber denúncias

Um dos pontos do compliance é a prevenção, mas isso nem sempre é suficiente. Por vezes, as ações internas de colaboradores e líderes podem descumprir o que foi previsto no código de conduta. Nesse cenário, a empresa deve ter canais que permitam o recebimento de denúncias anônimas e pessoas selecionadas para a análise das situações citadas.

Considere os diferentes formatos de trabalho

O compliance também exige atenção aos formatos de trabalho, o que influencia em diferentes processos. Afinal, isso pode alterar as normas trabalhistas aplicadas — aqui, vale lembrar as diferenças entre os trabalhos presencial, remoto e híbrido. Assim, as adequações devem ter início nos processos do RH, que lida com contratações e com a gestão de pessoas.

Considerações Finais

Como apresentado ao longo de todo o artigo, a prática do compliance se faz necessária para as microempresas, em especial, para ajudar no controle dos balanços contábeis, na supervisão do fluxo de caixa e, principalmente, no controle da saúde financeira da empresa.

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LinkedIn dos autores: Matheus Souza e Thaís Martins