O bom gerenciamento das economias de uma empresa não se limita apenas aos cálculos de custos e receitas. À medida que a organização cresce, sua administração torna-se ainda mais complexa, por esse motivos separamos algumas dicas que irão te auxiliar com essa tarefa nada fácil.
A Estruturação Financeira contempla todos os recursos, atividades e processos dedicados para o controle financeiro de uma empresa. Considerada o coração de uma organização devido ao seu papel como mantenedora da competitividade no mercado, seus braços de atuação possuem relação direta com os demais setores do negócio, como administrativo, recursos humanos, marketing e vendas.
Podemos dizer que dentre suas principais atividades estão:
- Controle do Fluxo de caixa;
- Apuração dos resultados financeiros obtidos durante determinado período de tempo;
- Corte de gastos;
- Planejamento financeiro.
Desta forma, presume-se que a estruturação financeira é responsável pela administração dos recursos da empresa.
Ademais, é importante destacar que esse trabalho não serve apenas para se ter uma simples leitura do passado e presente da sua organização, ele também é essencial para tomar decisões futuras e certeiras acerca de suas finanças. Por conta disso, torna-se indispensável trabalhar com profissionais preparados e que visam o crescimento sustentável a curto, médio e longo prazo.
Sabemos ainda que executá-la de forma eficaz e eficiente não é uma tarefa tão simples assim. Portanto, separamos 5 dicas que te auxiliarão com esse desafio.
1. Faça o Fluxo de Caixa
Existem dois tipos de Fluxo de Caixa: o realizado e o projetado. É importante frisar que ambos devem ser feitos de forma concisa e que estejam alinhados com o objetivo do negócio. O fluxo de caixa realizado é construído com base nas informações realizadas, ou seja, as entradas e saídas de dinheiro que já aconteceram na empresa, ele permite que a empresa acompanhe o saldo financeiro e tome decisões mais assertivas.
Já o projetado consiste na projeção, para um período futuro determinado, das entradas e saídas do caixa da empresa, contando com suas contas a pagar e receber das datas futuras dentro desse período. Podemos dizer ainda que ele busca antecipar situações de riscos.
Normalmente, muitas empresas costumam fazer projeções de DRE e balanço patrimonial, mas não o fluxo de caixa, e isso pode vir a ser uma grande dificuldade dentro da organização, pois a projeção do DRE por si só não mostra quanto que vai sobrar de capital no fim do mês, somente qual é a venda que é feita, menos o custo da mercadoria.
Fazer o fluxo de caixa projetado em cima da projeção de venda, incluindo prazos de recebimento e de pagamentos, ajuda a antecipar os riscos. Então, faça a projeção alinhada com o que a organização deseja conquistar.
2. Conheça os prazos de vencimento de contas
É de máxima importância ter ciência de quais são suas restrições de prazos, as datas de recebimento de contas e o vencimento das mesmas. Isso evita atrasos nas quitações e pagamento de juros sobre suas obrigações, fazendo com que o valor a ser pago seja ainda mais alto. Conhecer bem seus prazos é uma questão que não deve ser deixada de lado, afinal, esse é um dos primeiros passos para o controle do fluxo de caixa, estabelecendo, então, prioridades para as dívidas que correspondem a curto, médio e longo prazo.
3. Controle seu estoque
Se deseja estruturar bem suas finanças, precisa o mais rápido possível controlar de forma rígida seu estoque. Isso vale para qualquer tipo de empresa, seja ela de pequeno, médio e grande porte. Acumular muitos produtos faz com que você aplique muito de seu caixa em um curto espaço de tempo. Além disso, se não houver uma saída síncrona com a compra, o próprio ambiente dedicado para armazenar seus produtos pode apresentar custos altos.
De maneira oposta, caso não haja um cálculo bem feito para a saída de componentes e não se crie um abastecimento necessário, é bem provável que você perca vendas por falta deles. Dessa forma, não dispense o bom controle de seu estoque, estudando a saída de cada mercadoria e o tempo necessário desde a geração do pedido de compra até a entrega do produto.
4. Precifique corretamente seu produto
Precificar um produto envolve diretamente a identificação de qual valor gera competitividade, lucratividade e atratividade para o negócio. Por esse motivo precificar deve ser parte do plano de colocação de um produto no mercado, desde o início. O preço precisa possuir um peso estratégico em qualquer negócio!
O valor de um produto não pode ser tão alto ao ponto de afastar os clientes da compra, mas deve ser alto o suficiente para gerar lucro. Portanto, é de extrema importância que você calcule o seu custo por unidade, contabilize suas despesas entenda o markup e a margem de lucro e por último estude o mercado conhecendo bem seu consumidor e o quanto ele está disposto a pagar, com isso sua empresa também irá organizar melhor suas finanças e os lucros serão certeiros.
5. Defina um orçamento anual através de construção de indicadores financeiros
Alguns tipos de negócio podem mostrar ótimas oportunidades, entretanto isso deve ser muito bem calculado e controlado através da construção de indicadores para não gerar instabilidades. Você pode expandir um dos setores da sua empresa ou contratar mais pessoas ou máquinas, porém para isso você precisa definir um orçamento anual.
Com ele você terá a certeza de manter um valor limite para um determinado investimento e não gastar mais do que deve. O aconselhável é que você se reúna com sua equipe ou seus investidores, construa bons indicadores financeiros definindo o foco do investimento e estabelecendo metas e também alguns marcos importantes para entender se aquilo está saindo conforme o planejado.
Conclusões Finais
Por fim, ressaltamos que para que você estruture bem suas finanças é necessário foco, planejamento e atenção em diferentes pontos para que tudo ocorra conforme o esperado. Não esqueça que as ações certeiras contribuem para a lucratividade e vida da sua organização.
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LinkedIn do autor: Julio Giomo
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